terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Uma velhice segura:Casa Ideal para idosos - TCC Edificações 2013

COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE - ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL

TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES


UMA VELHICE SEGURA:
CASA IDEAL PARA IDOSOS




CRISTIANO PEREIRA


PONTA GROSSA
2013

CRISTIANO PEREIRA





UMA VELHICE SEGURA:
CASA IDEAL PARA IDOSOS


Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título do Colégio Estadual Polivalente.
Orientador: Israel Marcolin Pinto
Co-orientador: Luis Banaczek





DEDICATÓRIA

Dedico a minha esposa Rose Naconecny, e a meus professores Luis, Israel, Luciane, Spencer, José Elias e Cesar.

AGRADECIMENTOS

Agradeço acima de tudo a Deus, depois a minha família (minha Esposa Rose, meu Pai José, minha mãe Rosalina), por todo o apoio dado nos dois longos anos de curso e que apesar do sacrifício de ter que trabalhar estudar e cuidar da família, estou vencendo mais esta batalha.


“Ajuda precisamos todos, sempre, em qualquer fase da vida. 
Então, não é uma coisa estranha que alguém precise de 
alguma colaboração em alguma coisa”
Délia Goldfarb, 2012


RESUMO

PEREIRA, Cristiano Pereira. Uma velhice segura: residência segura para idosos. 2013. 28 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Técnico em Edificações) – Colégio Estadual Polivalente, ensino fundamental, médio e profissional. Ponta Grossa, 2013. 
Este trabalho de conclusão de curso, tem como objetivo, mostrar como deve ser construída e mobiliada, uma residência que ofereça segurança para pessoas idosas e pessoas com deficiência, oferecendo conforto e acessibilidade para tal. Também cita, o que a norma NBR-9050 solicita para o mínimo de segurança em uma residência, mostrando de forma teórica e com ilustrações de objetos que oferecem segurança para idosos, deficientes e crianças. Cita as peças adaptáveis de uma residência, com detalhes e dicas que engenheiros e arquitetos de renome nos oferecem para que sejam idealizados de forma prática e acessível
  • Palavras-chave: Idosos. Acessibilidade. Adaptações. Desenho Universal. NBR9050.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Planta caixa casa acessível 12
Figura 2 - Exemplos de barras longitudinais, utilizadas para apoio de pessoas com dificuldades na locomoção. 14
Figura 3 - Tapete anti derrapante para banheiro. 16
Figura 4 - Vista frontal de um banheiro ideal para idosos e cadeirantes. 17
Figura 5 - Vista que mostra as barras de apoio na bacia sanitária, e a porta do box com 80 centímetros de vão. 17
Figura 6 - Vista frontal da pia, em que possui vão inferior para que se possa encaixar a cadeira de rodas. Temos a visão também da altura ideal do espelho com iluminação, barras de apoio e torneira com alavanca para facilitar o manuseio. 18
Figura 7 - Exemplo de bacia sanitária com o acento elevado e barras de apoio acopladas ao acento. 18
Figura 8 - Sala adaptada sem tapetes vista lateral 19
Figura 9 - Sala adaptada sem tapetes vista frontal 19
Figura 10 - Esta figura representa o contraste de uma escada com as adaptações de segurança necessárias (figura da direita) e uma escada em que não tem adaptação de segurança alguma (figura da esquerda), escada tal que oferece risco de queda para qualquer pessoa. 21
Figura 11 - Projeção 3D de um quarto ideal para idosos. 22
Figura 12 - Exemplo de posicionamentos dos moveis para idosos. 23
Figura 13 - Vista total do quarto adaptados para idosos. 23
Figura 14 - Vista frontal da cama, com criados mudo, para que ofereçam conforto e segurança, e para que o idoso não precise se deslocar até o guarda-roupas para apanhar um par de meias ou outros objetos pessoais. 24
Figura 15 - Vista total da cozinha adaptada, com posicionamento ideal dos móveis. 24
Figura 16 - Visualização do tampo ao lado do fogão, que auxilia no apoio de panelas quentes e corte de alimentos. 25
Figura 17 - Fista frontal da cozinha, em que mostra o espaço em baixo da pia para que se possa encaixar a cadeira de rodas. 25
Figura 18 - Exemplos de fotos de vistorias de obras. Pontos de referência. 29
Figura 19 - Casa em que foi realizada vistoria. 30
Figura 20 - Casa que foi realizado vistoria - Parte interna. 30
Figura 21 - Casa que foi realizado vistoria - Parte interna, telhado. 30
Figura 22 - Casa que foi realizado vistoria - Parte interna. 31
Figura 23 - Casa que foi realizado vistoria - contra-piso do banheiro. 31
Figura 24 - Casa que foi realizado vistoria - Contra piso do banheiro pronto. 31
Figura 25 - Casa que foi realizado vistoria - Beiral com detalhes rústicos em madeira. 32
Figura 26 - Vistoria realizada para futura continuação de obra - Obra Interditada. 32
Figura 27 - Vistoria realizada para futura continuação de obra - Obra Interditada. 32
Figura 28 - Vistoria realizada para futura continuação de obra - Obra Interditada. 33

LISTA DE SIGLAS
  • NBR : Norma Brasileira 
  • NT : Norma Técnica 
  • CH :Capital Humano 
  • EUA : Estados Unidos da América
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 10
1.1 OBJETIVOS.................................................................................................. 10
1.1.1 Objetivos Gerais....................................................................................... 10
2 JUSTIFICATIVA.............................................................................................. 11
3 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................. 12
3.1 CONSIDERAÇÕES A ACESSIBILIDADE A IDOSOS............................... 12
3.1.1 Aplicações............................................................................................... 12
4 UMA VELHICE SEGURA CASA IDEAL PARA IDOSOS....................... 13
4.1 DESENHO UNIVERSAL E NBR 9050.................................................... 13
4.2 AMBIENTES ADAPTÁVEIS................................................................... 15
4.2.1 Banheiro.................................................................................................. 15
4.2.2 Sala de estar e sala de jantar.................................................................... 19
4.2.3 Corredor................................................................................................... 20
4.2.4 Escadas..................................................................................................... 21
4.2.5 Dormitórios............................................................................................... 22
4.2.6 Cozinha..................................................................................................... 24
5 CONCLUSÃO................................................................................................ 27
6 RELATÓRIO DE ESTÁGIO.......................................................................... 28
REFERÊNCIAS.................................................................................................. 34


1 introdução

A população brasileira e mundial vem crescendo diáriamente e no Brasil a média de vida vem aumentando também, pois a qualidade de vida aumentou consideravelmente, conforme pesquisas que encontrei, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a média atual de vida é de 73 anos. Por isso, para garantir o conforto e segurança daqueles que por tanto tempo cuidaram de nós, as adaptações em casa são necessária. A solução de um espaço acessível está no projeto que, ao ser idealizado por um arquiteto, engenheiro ou projetista deve considerar as diversas etapas da vida de um ser humano e os variados tipos de usuários, sejam eles moradores ou visitantes, seja um bebê ou um idoso, sejam portadores de deficiência, com mobilidade reduzida ou não.
Como disse Silvana Maria Rosso, 2013, todos têm direito a espaços adaptados e seguros, segundo define a norma técnica 9050, da ABNT, a acessibilidade é a possibilidade e a condição de alcance, percepção e entendimento para o uso com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos.
Este trabalho teve como subsídio as pesquisas para que, de forma prática, mostre a acessibilidade nas edificações.

1.1 OBJETIVOS

........... Identificar problemas, e soluções técnicas, para que a residência não se torne  perigosa ao idoso.

1.1.1 Objetivos Gerais

Este trabalho tem o objetivo de mostrar critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e às condições de acessibilidade a idosos, que também pode ser aplicado a deficientes físicos e crianças.

2 JUSTIFICATIVA

Visando mostrar o futuro que todos nos teremos, e para as pessoas idosas que nas situações citadas neste trabalho se encontram, elaborei este trabalho com o intuito de informar as pessoas de que podemos ter uma velhice segura, sem muitos investimentos, mas que melhorariam a nossa qualidade de vida apenas com a prevenção de acidentes.

3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 CONSIDERAÇÕES A ACESSIBILIDADE A IDOSOS

Conforme a NBR 9050, no estabelecimento de critérios e parâmetros técnicos para acessibilidade a idosos, foram consideradas diversas condições de mobilidade e de percepção do ambiente, com ou sem a ajuda de aparelhos específicos, como: próteses, aparelhos de apoio, cadeiras de rodas, bengalas de rastreamento, sistemas assistivos de audição ou qualquer outro que venha a complementar necessidades individuais.


Figura 1 - Planta caixa casa acessível

3.1.1 Aplicações

A NBR 9050 também cita, que todas as edificações residenciais multifamiliares, condomínios e conjuntos habitacionais devem ser acessíveis em suas áreas de uso comum, sendo facultativa a aplicação do disposto nesta Norma em edificações unifamiliares. As unidades autônomas acessíveis devem ser localizadas em rota acessível.

4 UMA VELHICE SEGURA CASA IDEAL PARA IDOSOS

Conforme cita uma matéria do site HAGAH RS, um dos maiores perigos que cercam os idosos são as quedas. As causas mais comuns de acidentes em casa são os obstáculos que se encontram pelo caminho. Pode ser um tapete, um piso molhado, um móvel que deixa pouco espaço para passagem ou até um degrau. O banheiro é o lugar com maior incidência de acidentes graves, primeiro porque muitos idosos querem preservar a privacidade e chaveiam a porta, e segundo porque o local costuma ficar com frequência úmido e escorregadio. 
A arquiteta Fernanda Abreu,(s/d), fala que, quando se cria um projeto arquitetônico para pessoas idosas, pequenas alterações podem significar grande ganho de conforto e segurança.

4.1 DESENHO UNIVERSAL E NBR 9050

Silvana Maria Rosso, 2013 cita que, adotado inicialmente pelos EUA, nos anos 1980, o Desenho Universal surgiu para atender as necessidades não só de cadeirantes, mas de todos aqueles que apresentam necessidades especiais como os deficientes visuais e intelectuais, assim como os idosos e os que usam muletas ou andador.
O Desenho Universal, expressão usada pela primeira vez pelo arquiteto americano Ron Mace (s/d), também considera os usuários com deficiência temporária e a diversidade humana e suas características antropométricas e sensoriais.
A NBR 9050 se baseia nos conceitos do Desenho Universal e da NT 9050, que estabelece parâmetros para o design e a arquitetura, de modo a garantir autonomia e segurança a mais pessoas.
Daniela Velosa arquiteta, diz, "Quando se executa um projeto com base no Desenho Universal, levamos em conta que o ser humano evolui ao longo da vida e suas necessidades e características mudam conforme a faixa etária".
Para que o espaço seja acessível e de uso abrangente, seu dimensionamento deve estar correto e podemos citar algumas funções que o projeto de arquitetura deve cumprir, segundo os conceitos do Desenho Universal:
  • Permitir o acesso e uso confortáveis para os usuários, sentados ou em pé; 
  • Possibilitar o alcance visual dos ambientes e produtos a todos os usuários, sentados ou em pé; 
  • Acomodar variações ergonômicas, oferecendo condições de manuseio e contato para usuários com as mais variadas dificuldades de manipulação, toque e pegada; 
  • Permitir a utilização dos espaços por pessoas com equipamentos de locomoção, como cadeira de rodas, muletas, entre outras, de acordo com suas necessidades para atividades cotidianas. 

Figura 2 - Exemplos de barras longitudinais, utilizadas para apoio de pessoas com dificuldades na locomoção.

Segundo a NBR-9050, no projeto de arquitetura, vários itens de acessibilidade podem ser contemplados. E como principal podemos citar que:
  • 0,90 m é a largura mínima de corredores e portas de passagem;
  • 0,80 m é a largura mínima do vão de outras portas;
  • 0,80 x 1,20 m é o maior módulo referência pois comporta um cadeirante;
  • 1,50 x 1,20 m é a área necessária para a rotação de 180 graus de uma cadeira de rodas;
  • Entre 0,60 m e 1,00 m do piso é a altura média de interruptores e comandos;
  • 0,50 cm é o desnível máximo permitido;
  • 0,60 m é a altura máxima para os peitoris de janelas;

Vale salientar que algumas dicas devem ser levadas em consideração também, como por exemplo:
  • Colocar luminária de emergência e luz de balizamento nas áreas de circulação;
  • Instalar sensores de presença nas luminárias em áreas de circulação noturna;
  • Os abajures devem ser acionados por interruptor;
  • Deve ser usado os Interruptores com LED para localização rápida;
  • O topo de degraus ou desníveis devem ter cor contrastante com o piso;
  • O piso deve ser antiderrapante e eliminar o uso de tapetes;
  • O mobiliário, de preferência, deve ser robusto, pesado e sem quinas retas;
4.2 AMBIENTES ADAPTÁVEIS

Quando se esta fazendo o projeto de uma residência, deve ser levados em consideração vários fatores distintos, mas que na hora em que a família alocar-se na edificação, não terão dificuldades em posicionar os moveis, e para que não gere problemas na locomoção de pessoas com dificuldades. Por isso deve ser criados ambientes adaptáveis, para que no decorrer da evolução natural das pessoas, elas possam adaptar com móveis e acessórios e as auxiliem e não ofereçam perigos físicos.
Segundo Carina Martins, iG São Paulo, 2013, a parte prática das adaptações pode ser muito mais simples do que a conversa familiar necessária para chegar lá. “À medida que o tempo passar, você vai precisando de mais recursos para fazer as coisas com segurança. A questão é se você tem ou não consciência desses recursos. Se a pessoa é consciente e com bom senso, vai construindo essas adaptações. E se existe um bom diálogo familiar, vai construindo essas adaptações com a família”, explica a psicanalista Délia Goldfarb. “Agora, se é uma família altamente conflitiva – porque um pouco todas são –, onde nunca houve diálogo sobre as necessidades de qualquer um de seus membros, e as necessidades não foram respeitadas, aí o diálogo vai ser mais difícil e o processo de criar adaptações também.”
Se a conversa em casa estiver muito complicada, a saída é procurar a ajuda de profissionais. “Se a família sozinha não consegue produzir essa mudança ou a produz com um custo emocional alto demais, se alguém está sofrendo muito por isso, existem profissionais que orientam, que ajudam, que apoiam. Hoje em dia na gerontologia tem muitos profissionais que se dedicam exatamente a essas intervenções familiares de acompanhar essa mudança, que vão construindo caminhos para esse diálogo que falta”, orienta Délia.

4.2.1 Banheiro

“O banheiro é um local em que se cai muito. As pessoas molham o piso e vira um verdadeiro sabão. Às vezes não tem como trocar o piso, mas há alguns tapetes de borracha que grudam no chão, lembrando que, não pode ser qualquer um, porque se for um que escorregue é pior", explica Sérgio Paschoal, 2013, coordenador do Programa de Prevenção de Queda. "Mesmo se o piso for antiderrapante, você tem que ter barras de apoio sólidas. No mínimo, a velocidade e a energia da queda serão menores”, completa. Segundo ele, as barras são importantes também para evitar que as pessoas usem alternativas de apoio, como a torneira, que podem agravar a queda. “Existem adaptações muito legais, que são cadeiras pregadas na parede, cujo assento é dobrável para a parede. A pessoa desdobra, senta e toma banho mais tranquilo”, diz


Figura 3 - Tapete anti derrapante para banheiro.

Ainda no banheiro, é fundamental que o vaso sanitário seja elevado e tenha barras laterais ou apoio para os braços. “Se a pessoa não tiver força no quadríceps, ela desaba, pode até quebrar o vaso e se machucar mais ainda”, diz Sérgio. As antigas adaptações de alvenaria para elevar o vaso sanitário causavam má-impressão, e eram evitadas em muitos casos em que eram necessárias. Hoje, é possível encontrar assentos removíveis em casas de materiais cirúrgicos: causam menos impacto visual e permitem que o banheiro seja usado também por quem dispensa a adaptação. Mesmo que haja uma resistência inicial a essas adaptações, o coordenador do Programa de Prevenção de Quedas explica que, em sua experiência, elas acabam sendo aprovadas pelos idosos, porque permitem que eles dispensem ajuda.
No chuveiro, algumas vezes pode ser necessária uma cadeira de plástico para a pessoa tomar banho sentada.
No chão do banheiro (o maior causador de quedas) há duas opções: piso antiderrapante e tapete de borracha que gruda no chão. 

Figura 4 - Vista frontal de um banheiro ideal para idosos e cadeirantes

Podem ser utilizadas também torneiras e registros de pressão de alavanca, de um quarto de volta ou mono comando não exigem esforço para manuseio, registros na entrada permitem regular a temperatura da água de fora do box evitando escaldamento, e as portas do box com 80 cm de vão possibilitam a entrada com cadeira higiênica e facilitam o socorro.

Figura 5 - Vista que mostra as barras de apoio na bacia sanitária, e a porta do 
box  com 80 centímetros de vão.

Quanto ao desnível de 1,5 cm em rampa entre o piso do banheiro e do box evita transbordamento ao mesmo tempo em que não cria barreira.
Cubas de sobrepor evitam que cedam, em caso de apoio mais forte. Devem ser feitas a instalação de barras de apoio fixas no box, ao lado da bacia sanitária.
Os espelhos baixos, grandes ou com inclinação facilitam a visualização por crianças ou pessoas sentadas.
O espaço interno do banheiro deve ser suficiente para circulação de no mínimo duas pessoas: o idoso e o cuidador.

Figura 6 - Vista frontal da pia, em que possui vão inferior para que se possa encaixar a cadeira de rodas. Temos a visão também da altura ideal do espelho com iluminação, barras de apoio e torneira com alavanca para facilitar o manuseio.

Deve ser feita a previsão também de instalação de telefone, interfone ou botão de pânico.
Assentos removíveis, que elevam a privada, são uma boa opção para quem não quer trocar o vaso. Ao invés de box de vidro, prefira um material não cortante, como cortinas de plástico, por isso existem modelos de bacia sanitárias que já vem com o acento elevado e até mesmo com as barras acopladas ao acento.

Figura 7 - Exemplo de bacia sanitária com o acento elevado e barras de apoio acopladas ao acento.

4.2.2 Sala de estar e sala de jantar

Na sala, novamente os tapetes são os vilões e devem ser evitados, mesmo na sala. Um sofá confortável, com almofadas (para acomodar as costas) e apoio para os pés é ideal para assistir televisão. Os controles remotos devem ter um lugarzinho reservado ao alcance de quem está sentado. A estante com a TV também deve ser fixada no chão. Além disso evite enfeites que possam quebrar e machucar alguém.
Na sala o ideal para descanso dos pés é colocar puff, que serve de apoio junto ao sofá.

Figura 8 - Sala adaptada sem tapetes vista lateral

Figura 9 - - Sala adaptada sem tapetes vista frontal

Na sala de jantar, a mesa deve ter o tamanho de acordo com a altura do idoso e pontas arredondadas. Evite tabuões soltos ou de vidro. As cadeiras sem braço facilitam a acessibilidade.
Devem ser colocados pontos de iluminação extra, permitindo pontos focais de luz para diversas atividades.
Previsão para flexibilidade de layout em função da instalação elétrica.
Janelas amplas, com peitoril mais baixo, que permitem ao morador apreciar a paisagem mesmo sentada em cadeira ou recostada.
Rodapé com altura de 30 cm, pois é a altura onde as rodas das cadeiras batem.
Sala livre de obstáculos, a mesa de centro deve ser colocada na lateral do ambiente.

4.2.3 Corredor

Os corredores também merecem atenção, principalmente os que ficam entre o quarto e o banheiro. O caminho deve estar livre e ser bem iluminado para evitar tropeços. O ideal é sempre deixar uma luz acesa ou usar os sensores de presença para que acendam quando a pessoa passar. Vale sempre ressaltar também que tapetes nos corredores são um perigo para pessoas de idade.
Um dos lugares mais perigosos de uma casa, segundo Sérgio Paschoal, coordenador do Programa de Prevenção de Queda, é o caminho do quarto para o banheiro. E isso tem muito a ver com a iluminação. Ao mesmo tempo em que é melhor evitar superfícies e lâmpadas muito brilhantes porque os olhos já não se adaptam com tanta rapidez à claridade, é fundamental que exista uma iluminação acessível. “Tem que ter iluminação fácil. Ou se deixa uma luz permanentemente acesa ou algo que não é preciso procurar muito, como os abajures que acendem com um toque. Não adianta ter uma luminária em que é preciso procurar o interruptor. Esse problema de sair do escuro para o claro é muito sério”, explica.
Uma regra que vale para a casa toda é especialmente importante neste trajeto: o caminho tem que estar sempre completamente livre. “O tapetinho é o grande vilão. Mas também tacos soltos, carpetes com sobras e dobras, fio de telefone, brinquedos, móveis baixos e com pontas, animais de estimação pequenos, tudo isso é um prato cheio para quem tem um andar mais arrastado sofrer um acidente".

4.2.4 Escadas

Para as escadas é importante que exista uma sinalização de cor contrastante na ponta do degrau ou se possível até lampadas de led, porque ajuda os idosos que não enxergam bem. O corrimão deve ser firme e ficar dos dois lados, começando antes da escada e terminando um pouco depois. É importante que a altura entre os degraus não varie e que eles não sejam muito altos, é importante que a altura do degrau fique entre 15 e 20 centímetros.

Figura 10 - Esta figura representa o contraste de uma escada com as adaptações de segurança necessárias (figura da direita) e uma escada em que não tem adaptação de segurança alguma (figura da esquerda), escada tal que oferece risco de queda para qualquer pessoa.

Segundo a repórter Carina Martins, do site iG São Paulo, (s/d), as escadas completam um chamado trio crítico de áreas da casa no que diz respeito a quedas que completam os corredores e banheiros. O pior tipo é a escada tradicional de sobrado, com janela no topo e iluminação frontal. “A luz bate de frente e quem olha para baixo não vê o degrau”, explica Sérgio. O ideal é que os carpetes sejam evitados. Se houver, devem ser sem estampas – que enganam o olhar – e perfeitamente lisos e esticados. Além disso, é bom que exista uma sinalização de cor contrastante na ponta do degrau. O corrimão deve ser firme, ficar dos dois lados, começar antes da escada e terminar um pouco depois. A altura do degrau também não pode variar. “Não pode ter altura de degrau variada. Seu corpo se acostuma com aquela altura e não precisa nem ser idoso para tropeçar.”
A repórter completa ainda que o melhor ponto de partida é diferenciar autonomia e independência. Depender de apoio para realizar atividades diárias, como, fazer a própria higiene e se vestir tiram um pouco da independência, mas não nos tira a autonomia de decidir sobre a própria vida. Falta de autonomia é quando já não se pode decidir sobre coisas essenciais de sua vida. À medida que o tempo passa, vamos perdendo primeiro essa independência relativa, e depois a autonomia. Completa ainda o repórter, que, não conseguir fazer as atividades da vida diária não significa que a pessoa está doente, significa uma fragilidade.

4.2.5 Dormitórios

Para os quartos a regra é a mesma com algumas diferenças dos outros cômodos, a cama não deve ser muito alta nem muito baixa, pois os pés devem apoiar totalmente no chão quando o idoso estiver sentado. Para ajudar a calçar os sapatos, uma poltrona do lado da cama é o ideal. O bidê deve ser 10 cm mais alto do que a cama, além disso, ele deve ficar ao alcance das mãos sem ser necessário levantar, ter pontas arredondadas e ser fixado no chão – caso seja necessário se apoiar. Com um interruptor do lado da cama é possível controlar a luz mesmo deitado.

Figura 11 - Projeção 3D de um quarto ideal para idosos.

Ainda nos dormitórios, podemos citar que, deve ser deixado um espaço de 90 cm nas laterais e pés da cama para circulação.
A colocação de uma poltrona também facilita e muito a vida do idoso, pois auxilia na colocação de calçados e o descanso temporário do idoso.
No quarto do idoso também é interessante colocar um sensor de presença de luz no quarto, evita que o morador ande no escuro à noite.

Figura 12 - Exemplo de posicionamentos dos moveis para idosos.

Instalação de aparelhos de ar condicionado e aquecedor fixo, evita o uso de extensões e fios soltos que podem gerar queda.
Instalação de controle de iluminação na cabeceira oferece mais segurança e controle do ambiente ao morador.

Figura 13 - Vista total do quarto adaptados para idosos.

Telefone na cabeceira da cama, que permite uma fácil comunicação em casos de emergência.
Disposição de prateleiras mais baixas, evitando o uso de banquinhos ou cadeiras.
Iluminação dentro dos armários, permitindo boa visualização do conteúdo. 

Figura 14 - Vista frontal da cama, com criados mudo, para que ofereçam conforto e segurança, e para que o idoso não precise se deslocar até o guarda-roupas para apanhar um par de meias ou outros objetos pessoais.

4.2.6 Cozinha

Na cozinha, barras de apoio são grandes aliadas. Os armários não devem ser muito altos e os objetos mais utilizados devem estar ao alcance. Na cozinha, o chão antiderrapante também é uma boa ideia.

Figura 15 - Vista total da cozinha adaptada, com posicionamento ideal dos móveis.

A colocação de tampo de cozinha em dois níveis ou móveis na mesa, que permite o uso mesmo por pessoas sentadas para pegar alimentos ou outros objetos.
Deve ser colocado de tampo dos dois lados do fogão, que possibilita o apoio de panelas e objetos quentes, e até a preparação de alimentos.

Figura 16 - Visualização do tampo ao lado do fogão, que auxilia no apoio de panelas quentes e corte de alimentos.

A torneira deve ser do tipo alavanca facilita o uso para pessoas de baixa estatura ou sentadas.
Instalação de detector de fumaça e gás, que garantem mais segurança para pessoas com olfato reduzido evitando a intoxicação.
Espaço livre embaixo da pia, que garantem áreas de trabalhos extras, que permitem o encaixe de cadeira para trabalho sentado.

Figura 17 - Fista frontal da cozinha, em que mostra o espaço em baixo da pia para que se possa encaixar a cadeira de rodas.

Puxadores das portas e gavetas dos armários em modelo tipo “D”, que permitem uso da mão toda para manejo e não somente a ponta dos dedos.
Aparelho de micro-ondas com altura de fácil acesso.

5 CONCLUSÃO

Podemos concluir neste trabalho que existem situações em nossas vidas que podem sem muito perigosas, porem podemos prevenir apenas modificando o ambiente em que residimos. Aprendemos que dentro de uma residência, todos os ambientes devem ser acessíveis a todos independentemente de gênero ou grau de dificuldade de locomoção, principalmente na velhice, mas o ideal é nos preocupar-nos desde já com a nossa vida, la na frente, para que não dependamos tanto das outras pessoas.

6 RELATÓRIO DE ESTÁGIO

O presente relatório apresenta as atividades desempenhadas na empresa ISMARP ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS SS LTDA, empresa que realiza vistorias em obras exigidas pela caixa econômica federal, situado na Rua Capitão Benedito Lopes de Bragança, 193, Ponta Grossa, Paraná, no período de 20 de maio de 2013 à 06 de dezembro de 2013, perfazendo o total de 60 horas de trabalho.
A empresa tem como finalidade elaborar laudos de avaliação, vistorias, perícias e pareceres técnicos de imóveis urbanos e rurais, para que sejam aprovados financiamentos de construção, ou liberação parcial ou total de verba para construção de determinadas etapas de obras na construção civil da região dos campos gerais.
Como estagiário da empresa, realizei visitas técnicas com o engenheiro responsável, senhor Israel Marcolin Pinto, a obras em que se precisava da vistoria para que fossem liberadas verbas parciais de etapas da construção. Estas visitas foram realizadas em diversas localidades da região dos Campos Gerais como Irati, Palmeira, Imbituva entre outras.
Para que as visitas fossem liberadas, passava-se em uma agência da caixa para que o gerente liberasse os cronogramas das obras, para então criar as rotas, para que não ficasse uma obra sequer sem visita.
Referente aos cronogramas, eram analisados quais etapas das obras iríamos verificar, se era para liberação de verba inicial, ou de certas etapas das obras. Após feito esta analise, nos deslocávamos em direção a primeira obra, verificávamos se a obra estava “ok”, e após, tirávamos fotografias para guardar como documento, e comprovante de tal visita.
As fotografias deviam seguir algumas regras para que fossem válidas, pois deviam constar os pontos de referência da obra.

Figura 18 - Exemplos de fotos de vistorias de obras. Pontos de referência.

Nas vistorias eram verificadas se o terreno era apto e atendia as normas técnicas, e exigências da lei de zoneamento, se a execução estava em conformidade com o projeto entre outras coisas.

Figura 19 - Casa em que foi realizada vistoria.

Figura 20 - Casa que foi realizado vistoria - Parte interna.

Figura 21 - Casa que foi realizado vistoria - Parte interna, telhado.

Figura 22 - Casa que foi realizado vistoria - Parte interna.

Figura 23 - Casa que foi realizado vistoria - contra-piso do banheiro.

Figura 24 - Casa que foi realizado vistoria - Contra piso do banheiro pronto.

Figura 25 - Casa que foi realizado vistoria - Beiral com detalhes rústicos em madeira.

Figura 26 - Vistoria realizada para futura continuação de obra - Obra Interditada

Figura 27 - Vistoria realizada para futura continuação de obra - Obra Interditada

Figura 28 - Vistoria realizada para futura continuação de obra - Obra Interditada

REFERÊNCIAS

ADAPTAÇÕES EM CASA QUE AJUDAM A GARANTIR UMA VELHICE SAUDÁVEL. Disponível em: <http://delas.ig.com.br/casa/arquitetura/adaptacoes-em-casa-ajudam-a-garantir-velhice-saudavel/n1237726491017.html> Acesso em: 25 nov. 2013

CASA ACESSÍVEL É SEGURA PARA CRIANÇAS, IDOSOS E DEFICIENTES.. Disponível em: <http://mulher.uol.com.br/casa-e-decoracao/noticias/redacao/2013/05/13/casa-acessivel-e-segura-a-criancas-idosos-e-deficientes-veja-como-criar.htm> Acesso em: 25 nov. 2013

CASA ADAPTADA PARA IDOSO. Disponível em: <http://3arquitetura.blogspot.com.br/2010/09/casa-ideal-para-o-idoso.html> Acesso em: 25 nov. 2013

CASA ADAPTADA PARA IDOSOS. Disponível em: <http://www.hagah.com.br/especial/rs/decoracao-rs/19,0,3421312,Casa-adaptada-para-idosos-veja-dicas-de-seguranca-e-conforto.html> Acesso em: 25 nov. 2013

DESRESPEITO AS NORMAS DE ACESSIBILIDADE E MAU ATENDIMENTO SÃO BARREIRAS AOS IDOSOS.. desrespeito-as-normas-de-acessibilidade-e-mau-atendimento-sao-barreiras-aos-idosos Disponível em: <http://www.clickfozdoiguacu.com.br/foz-iguacu-noticias/desrespeito-as-normas-de-acessibilidade-e-mau-atendimento-sao-barreiras-aos-idosos-5697> Acesso em: 25 nov. 2013

NBR 9050. Disponível em: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-description%5D_24.pdf> Acesso em: 25 nov. 2013APTAÇÕES EM CASA QUE AJUDAM A GARANTIR UMA VELHICE SAUDÁVEL. Disponível em: <http://delas.ig.com.br/casa/arquitetura/adaptacoes-em-casa-ajudam-a-garantir-velhice-saudavel/n1237726491017.html> Acesso em: 25 nov. 2013

CASA ACESSÍVEL É SEGURA PARA CRIANÇAS, IDOSOS E DEFICIENTES.. Disponível em: <http://mulher.uol.com.br/casa-e-decoracao/noticias/redacao/2013/05/13/casa-acessivel-e-segura-a-criancas-idosos-e-deficientes-veja-como-criar.htm> Acesso em: 25 nov. 2013

CASA ADAPTADA PARA IDOSO. Disponível em: <http://3arquitetura.blogspot.com.br/2010/09/casa-ideal-para-o-idoso.html> Acesso em: 25 nov. 2013

CASA ADAPTADA PARA IDOSOS. Disponível em: <http://www.hagah.com.br/especial/rs/decoracao-rs/19,0,3421312,Casa-adaptada-para-idosos-veja-dicas-de-seguranca-e-conforto.html> Acesso em: 25 nov. 2013

DESRESPEITO AS NORMAS DE ACESSIBILIDADE E MAU ATENDIMENTO SÃO BARREIRAS AOS IDOSOS.. desrespeito-as-normas-de-acessibilidade-e-mau-atendimento-sao-barreiras-aos-idosos Disponível em: <http://www.clickfozdoiguacu.com.br/foz-iguacu-noticias/desrespeito-as-normas-de-acessibilidade-e-mau-atendimento-sao-barreiras-aos-idosos-5697> Acesso em: 25 nov. 2013

NBR 9050. Disponível em: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-description%5D_24.pdf> Acesso em: 25 nov. 2013



























segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Acessibilidade em Vias Públicas - TCC 2013

COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE - ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL






TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES





ACESSIBILIDADE EM VIAS PÚBLICAS 
PAULO MLYNARCZURK






PONTA GROSSA

2013

PAULO MLYNARCZURK





ACESSIBILIDADE EM VIAS PÚBLICAS 









Trabalho   apresentado    como   exigência   para
obtenção do grau  de  Tecnologia em TÉCNICO
 EM EDIFICAÇÕES do COLÉGIO ESTADUAL
 POLIVALENTE - ENSINO FUNDAMENTAL,
 MÉDIO E PROFISSIONAL.                            
Orientador: Prof: Luis Banaczek                        





PONTA GROSSA
2013


Dedico este trabalho a minha família, 
que tanto apoio me deu durante o curso.


AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que me deu saúde e condições para concluir o curso. Agradeço a minha esposa e família pela atenção dispensada durante o período do curso. Agradeço aos professores pela dedicação e atenção dispensada durante o curso. Agradeço aos colegas de curso que sempre estiveram unidos em direção ao foco principal.





"nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas 
nos impossibilitassem de reconhecer suas habilidades”
(Hallahan, e Kauffman)

RESUMO


Com um grande numero de edificações e cidades sendo elaborados com planejamento e projeto piloto, com melhorias, rotas de avenidas e anéis de integração, contornos visando um futuro bem próximo, com um crescente aumento da população não poderíamos deixar de observar o item sobre acessibilidade; entre tantos projetos de imóveis as vias públicas precisam ser adaptadas e acessíveis para indivíduos que apresentem qualquer tipo de deficiência física, motora e locomoção.
Desta maneira procuramos demonstrar através do trabalho a importância da acessibilidade, todos têm direito ao acesso de construções privadas e públicas, ao transporte, livre de obstáculos.

Palavras - chave: NBR, acessibilidade, acesso, vias acessíveis, piso tátil, faixa de pedestres.


LISTA DE FIGURAS

  1. Figura 1 - poste no meio da calçada................................. 14
  2. Figura 2 - Calçada irregular............................................. 15
  3. Figura 3 - Calçada adequada........................................... 15
  4. Figura 4 - Rampa de acesso............................................ 17
  5. Figura 5 - Rampa não adaptada...................................... 17
  6. Figura 6 - piso alerta....................................................... 18
  7. Figura 7 - faixa de pedestre adequada............................ 19
  8. Figura 8 - piso direcional................................................. 20
  9. Figura 9 - Faixa de pedestre adaptada............................ 21
  10. Figura 10 - Faixa de pedestre inadequada....................... 22

SUMÁRIO

1.2 JUSTIFICATIVA................................................................... 8
1.3 OBJETIVO........................................................................... 9
1.3.2 ESPECÍFICO................................................................... 10
1.3.1 GERAL........................................................................... 11
2 .FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................. 12
2.1 NORMA 9050.................................................................... 13
2.2 CALÇADAS....................................................................... 13
2.3 RAMPAS DE ACESSO...................................................... 16
2.5.2 Piso Alerta...................................................................... 18
2.4.2 Faixa de travessia de pedestres..................................... 18
2.5 PISO TÁTIL DE SINALIZAÇÃO........................................... 19
2.5.1 Piso Direcional ( guia ).................................................... 19
2.5.2 Faixa Elevada................................................................. 20
2.4.1 Faixa livre........................................................................ 22
3 CONCLUSÃO........................................................................ 23
4 APÊNDICE.............................................................................24
4.1 RELATÓRIO DE ESTAGIO................................................ 24
REFERÊNCIAS......................................................................... 25



1.1 JUSTIFICATIVA

O tema acessibilidade é muito extenso, então definimos somente como vias públicas, no momento elaboraram este trabalho para despertar em técnicos de edificações, engenheiros, ao individuo que esta simplesmente projetando uma pequena obra observando o item acessibilidade. Baseado em informações do IBGE ano 2000 uma média de 14,5% da população brasileira apresenta alguma deficiência. Devemos observar que PCD pessoas com deficiência permanente, provisórias ou psicologicamente precisam de uma atenção mais adequada.
Portanto quando se fala em uma sociedade acessível e cidadania para todos devemos observar a igualdade de direito.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 GERAL
Mostrar a importância de acessibilidade em vias públicas.
1.2.2 ESPECÍFICO
Apresentar o conhecimento adquirido durante o curso, em relação à experiência já conquistada em obras de construção civil e estagio prático.


2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Milhões de brasileiros não saem de casa porque não podem circular sem a ajuda de algum parente ou amigo. Segundo estimativas da ONU, para os países em estágio de desenvolvimento, como é o caso do Brasil, 10% da população, ou seja, aproximadamente 15 milhões de pessoas são portadoras de algum tipo de deficiência.
Conforme os dados do IBGE, estabelecidos através do Censo de 2000, 24,6 milhões de pessoas são portadoras de pelo menos um tipo de deficiência ou incapacidade, o que corresponde a 14,5% da população brasileira, que era de 169,8 milhões em 2000. Uma parcela da população que está marginalizada quando poderia estar atuando em condições de igualdade dentro do meio social (BRASIL, 2000).
Cabe destacar, que do total de casos declarados de portadores das deficiências investigadas, 8,3% possuíam deficiência mental; 4,1% deficiência física; 22,9% deficiência motora; 48,1% deficiência visual e 16,7% deficiência auditiva (BRASIL, 2000).
Em relação às proporções gerais citadas nos parágrafos acima, a estimativa é maior nos municípios de até 100 mil habitantes. Para o conjunto dos municípios de menor porte, com até 20 mil habitantes, o percentual chega a 16,3%, caindo para 13% nos grandes municípios, aqueles com mais de 500 mil habitantes. Entre as deficiências pesquisadas, a dificuldade permanente para enxergar, mesmo com o uso de óculos, foi relatada por 16,6 milhões de pessoas, atingindo mais as mulheres. Já a deficiência física (tetraplegia, paraplegia, hemiplegia permanente e falta de membro ou de parte dele) atinge mais os homens, embora o percentual seja pequeno na população (0,9%).
É importante destacar, ainda na perspectiva do IBGE, que a proporção de pessoas portadoras de deficiência aumenta com a idade, passando de 4,3% nas crianças até 14 anos, para 54% do total das pessoas com idade superior a 65 anos. À medida que a estrutura da população está mais envelhecida, a proporção de portadores de deficiência aumenta, surgindo um novo elenco de demandas para atender as necessidades específicas deste grupo. Segundo Niess(2003) a inadequação das vias e prédios públicos restringe o direito de ir e vir e inibe a participação e a integração das pessoas com deficiência que por conseqüência ,não podem exercer plenamente sua cidadania e se vêem afetados em sua dignidade.

2.1 NORMA 9050

A NBR 9050- Adequação Das Edificações e do Mobiliário Urbano à pessoa com deficiência, foi à primeira norma técnica brasileira de acessibilidade, tendo sido elaborada em1985 com a participação de diversos profissionais de diferentes áreas em conjunto com pessoas com algum tipo de deficiência (IBAM,1998)
De acordo como item 1.3.1 da NBR9050/2004, todos os espaços, edificações, mobiliários e equipamentos urbanos, que vier a ser construídos, projetados, montados ou implantados, bem como as reformas e ampliações de edificações e equipamentos urbanos, devem atender o que ela estabelece para serem considerados acessíveis.

2.2 CALÇADAS

Segundo Yásigi(2000,pag. 31) a calçada é o espaço existente entre o lote do quarteirão e o meio fio, sendo sua superfície situada, normalmente, a cerca de 17 centímetros acima do leito carroçável das vias urbanas.
Atualmente nas calçadas instalamos os equipamentos urbanos, a sinalização das vias, paisagismo, também se desenvolve o tráfego de pedestre.
Pessoas que apresentam alguma deficiência física, motora, visual; vivem em uma batalha constante para fazer valer seus direitos de cidadania.
Considerando que muitos locais e espaços públicos, também privados, não estão adequados para este percentual de 14% da população brasileira segundo IBGE, 2000.
Nas imagens abaixo apontamos entre o adaptado e o não adaptado


Figura 3 - Calçada adequada



Nota: Caçada planejada corretamente

Figura 1 - poste no meio da calçada
Nota:Poste impedindo a passagem de pedestre

Figura 2 - Calçada irregular
Nota: Calçada com degrau (diferença de nível), impossibilitando o tráfego de cadeirantes

2.3 RAMPAS DE ACESSO

“Acessibilidade é um processo de transformação do ambiente e de mudança da organização das atividades humanas que diminui o efeito de uma deficiência”
Marcelo Pinto Guimarães, Professor de Arquitetura
Segundo a norma NBR 9050 podemos dizer que:

2.3.1. Rampas:

De acordo com a Pontifícia Universidade Católica (2009), as rampas, diferentemente das escadas, podem se constituir meios de circulação verticais acessíveis a todos, sem exceção. Por elas podem circular pedestres, idosos, cardíacos, pessoas portadoras de deficiências motoras, usuários de cadeiras de rodas, mães com carrinhos de bebês, ciclistas, skates etc. Entretanto, para que elas possam ser, de fato, utilizadas pela maior gama possível de pessoas, é preciso seguir a norma de acessibilidade NBR 9050(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004), de forma a dimensionar esse meio corretamente, atendendo com segurança todos os usuários.

2.3.2. As fórmulas

Como se sabe, a inclinação máxima das rampas vem indicada, nas normas técnicas, em porcentagem (%). Deve se notar, desde já, que a porcentagem de inclinação é muito diferente do grau de inclinação (exemplo: 5% não é a mesma coisa que 5º). De acordo com a NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

Figura 4 - Rampa de acesso
Nota: Rampa planejada adequadamente

Figura 5 - Rampa não adaptada
Nota: Rampa mal panejada

2.3.3. Piso Alerta
Tem como função alertar sobre o perigo de obstáculos e mobiliários.

Figura 6 - piso alerta
Nota: alerta sobre obstáculos e mobiliário

2.3.4. Faixa de travessia de pedestres
Sinalização transversal às pistas de rolamento de veículos destinadas a ordenar e indicar os deslocamentos dos pedestres para a travessia da via - (CTB) Código de Trânsito Brasileiro.

Figura 7 - faixa de pedestre adequada
Nota: faixa de travessia de pedestre adequada

2.3.5. Piso Tátil de Sinalização
No seguimento internacional que trata das normas e regulamentos segue um modelo único de sinalização.
No Brasil pisos táteis foram normatizados pela NBR9050 no ano de 2004 passando como regra de observação e implantação para se fazer melhorar a acessibilidade no Brasil; em geral nos municípios. Tem como função auxiliar e indicar alertas e direção.
No Brasil existem dois tipos de piso táteis, NBR9050 que descreve como sinalização tátil para (DV).

2.3.6. Piso Direcional (guia)
Tem como função guiar a pessoa através de uma pista ou calçada.

Figura 8 - piso direcional
Nota: guia de direção

2.3.7. Faixa Elevada
Elevação do nível do leito carroçável composto de área plana elevada, sinalizada com faixa de travessia de pedestre e rampa de transposição de veículos para haver a concordância entre os níveis e os dois lados da pista.


Nas figuras abaixo demonstramos as diferenças de faixas adequadas e não adequadas.

Figura 9 - Faixa de pedestre adaptada
Nota: acessível nas duas calcadas

Figura 10 - Faixa de pedestre inadequada
Nota: observamos que a faixa termina no meio fio com obstáculo

2.3.8. Faixa livre

Área do passeio, calçada ou rota destinada à circulação de pedestres.

3. CONCLUSÃO

Concluiu-se, que o tema acessibilidade é muito extenso, sendo assim abordamos alguns itens no contexto geral de planejamento, de obras públicas e privadas e reformas destinadas ao uso público.
Quando planejamos uma cidade já pensando no futuro bem próximo devemos observar o direito do cidadão de ir e vir.
Considerando que os indivíduos atingirão seus destinos locomovendo-se através de calçadas, que não devem apresentar nenhum tipo de obstáculo mesmo para pessoas consideradas normais ou com algum tipo de deficiência.
Através deste trabalho procuramos despertar nos profissionais da construção civil a importância de estar atentos ao item acessibilidade nos projetos.

4. APÊNDICE
4.1 RELATÓRIO DE ESTÁGIO

O referido estágio foi cedido pelo Colégio Estadual Polivalente - Ensino Fundamental Médio e Profissional, com supervisão do engenheiro civil Israel Mocelin Pinto. Totalizando um total de 60 horas, no período entre 20 de julho de 2013 e 30 de novembro de 2013.
Durante o período de estágio, as atividades executadas durante o estágio, foram: execução de alvenaria e estrutural de muro, conferindo nível, prumo, esquadro da parede, chapisco, emboço e reboco
Executamos concerto de tubulação hidráulica.
Executamos pinturas de rampas de acesso para cadeirantes e outros.
Executamos troca de telhados (eternitão).
Executamos instalações hidráulicas no lavatório de emergência para acidentes no laboratório de Química.

REFERÊNCIAS

Acessibilidade em calçadas. Disponível em: <https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiy-RgWaMxldeP_L9rjzdpRUdGSgez1oIz1VfNHQi3xfWS5Sy4LRSjE7gapSZNzF4FBgYgVjFLzNaSehg35SXlw0om9XpiG5TS02Xc8IOhyphenhyphenBCvOwmF5IUhICgqvu6mXcEVzUG42GW3GwX0j/s1600/Foto-0010.jpg> Acesso em: 3 dez. 2013
Norma 9050. Disponível em: <www.creaba.org.br> Acesso em: 3 dez. 2013
Rampa de acesso. Disponível em: <http://www.scielo.br/img/revistas/rbee/v17n2/a06fig23.jpg> Acesso em: 3 dez. 2013
Secretaria Nacional de Promoção aos Direitos. Disponível em: <www. pessoacomdeficiencia.gov.br> Acesso em: 3 dez. 2013
Sinalização Tátil. Disponível em: <www.estardeficiente.blogspot.com> Acesso em: 3 dez. 2013
Utilidade do Piso Tátil. Disponível em: <www.movimentolivre.org.com> Acesso em: 3 dez. 2013