Eleutherine plicata - Marupazinho
- O marupazinho (Eleutherine plicata), é uma planta medicinal também conhecida marupau, palmeirinha, coquinho, marupar, marupá-piranga, marupari, alho-vermelho e red garlic (inglês). Inclui o sinônimo botânico Eleutherine bulbosa. Pertence a família Iridaceae.
A Eleutherine Plicata é comumente encontrada na região Amazônica onde é popularmente chamada de Marupazinho, sendo também encontrada em outras localidades pelos nomes de Coquinho, Marupa-ú, Marupari e na comunidade estudada, Nambu Tutano.
- A importância dos sistemas terapêuticos tradicionais vem desde a Antiguidade. No Brasil, devido a situação sócio-econômica, o uso de plantas as vezes é a única alternativa para uma grande parte da sociedade, principalmente da zona rural, que se torna a forma mais simples e econômica de combater as doenças (Carvalho, 2004; Diegues, 2000; Queiros, 1993; Amorozo e Gély, 1988).
- O uso da Eleutherine plicata, na comunidade significa uma solução para os problemas gastro-intestinais. Por outro lado, o uso sem a preocupação com as contra-indicações e toxidades pode desencadear outros problemas a longo prazo.Nesse contexto, sugere-se que a inclusão de projetos de manejo das espécies medicinais e a orientação dos usos terapêuticos constituem ferramentas importantes para a manutenção da qualidade de vida e para a conservação da biodiversidade vegetal.
O marupazinho floresce duas vezes por ano, a primeira vez por volta dos meses de março e abril, e pela segunda vez em setembro. A sua flor branca abre a noite e se mantém aberta por 3 (três) horas. A planta é encontrada na América tropical, incluindo os campos secos da Amazônia brasileira. é uma planta rizomática e bulbosa, com bulbos avermelhados, tem de 20 a 30 cm de altura.
- Suas folhas são simples, inteiras, plissadas longitudinalmente e suas flores tem uma coloração avermelhada. Os bulbos apresentam escamas parecidas com a cebola, com uma coloração vinho e transpirando látex branco quando cortados.
O marupazinho se multiplica facilmente pelos bulbos, tornando-se persistente em diversas áreas a ponto de ser considerada “erva daninha”. A espécie Eleutherine plicata faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS).
Propriedades Botânicas:
- O marupazinho floresce duas vezes por ano, a primeira vez por volta dos meses de março e abril, e pela segunda vez em setembro. A sua flor branca abre a noite e se mantém aberta por 3 (três) horas.
A planta é encontrada na América tropical, incluindo os campos secos da Amazônia brasileira. é uma planta rizomática e bulbosa, com bulbos avermelhados, tem de 20 a 30 cm de altura. Suas folhas são simples, inteiras, plissadas longitudinalmente e suas flores tem uma coloração avermelhada.
- Os bulbos apresentam escamas parecidas com a cebola, com uma coloração vinho e transpirando látex branco quando cortados. O marupazinho se multiplica facilmente pelos bulbos, tornando-se persistente em diversas áreas a ponto de ser considerada “erva daninha”.
Também conhecida como coquinho, marupaí, maruphiy, marupa-ú, marupari. Indicações: amebíase, diarréia, disenteria, hemorróida. Marupazinho
Classificação científica:
- Reino: Plantae
- Divisão: Magnoliophyta
- Classe: Liliopsida
- Ordem: Asparagales
- Família: Iridaceae
- Gênero: Eleutherine
- Espécie: E. plicata
Propriedades Químicas:
- A espécie Eleutherine plicata Herb. é uma Iridaceae; conhecida popularmente como marupazinho; muito utilizada pela população para o tratamento de diarréias. Com o bulbo da planta prepara-se um chá; que é utilizado no tratamento de infestações causadas por ameba.
O material vegetal utilizado neste estudo foi coletado em Belém do Pará e sua identificação botânica foi realizada por comparação de exsicata depositada no Museu Paraense Emílio Goeldi sob nº 10543. O extrato etanólico (EE) foi preparado por percolação a partir do bulbo previamente seco e moído. Após a secagem o extrato etanólico foi suspenso em uma solução hidroalcóolica (1:1) e submetida a partição com solventes de polaridades crescente.
- Com o extrato etanólico e as frações foram realizados 18 testes para detectar classes de metabólitos secundários. O extrato etanólico e as frações hexânica e clorofórmica apresentaram resultado positivo para naftoquinonas; antraquinonas e esteróides e triperpenos. As análises por cromatografia em camada delgada do extrato etanólico e frações hexânica e clorofórmica mostraram zonas sensíveis à solução metanólica de KOH 10%; indicando a presença de quinonas nestas amostras.
A avaliação da atividade antimicrobiana do referido extrato e frações com cepas de C. albicans; S. aureus; E. coli e P. aeruginosa demonstrou que a fração clorofórmica é a mais ativa; apresentando os maiores halos de inibição de crescimento microbiano; possivelmente; contendo uma maior concentração de constituintes ativos.
- Da fração clorofórmica foram isolados os constituintes químicos isoeleuterol e isoeleuterina; os quais foram caracterizados quimicamente através de ressonância manética nuclear de hidrogênio (RMN1H) e carbono 13 (RMN 13C); em comparação com os dados da literatura. O extrato etanólico; isoeleuterol e isoeleuterina foram submetidos a avaliação de suas atividades antioxidantes; os quais apresentaram fraca atividade quando comparado com o padrão BHT.
Propriedades Medicinais:
Benefícios do marupazinho:
- O marupazinho é consumido em forma de chá na medicina popular amazônica, sendo também um fitoterápico utilizado no tratamento de tratar diarreias, disenterias, hemorroidas e amebíase. O chá de marupazinho é feito através do bulbo de planta.
Seu princípio ativo é a sapogenina esteroidal, que possui propriedades analgésicas periféricas e anti-dematogênicas. Conforme estudos realizados¹, o marupazinho também possui ação dilatadora coronária, potencialmente útil no tratamento de doenças cardíacas e ação anti-fertilidade.
- O extrato etanólico reparado por percolação a partir do bulbo previamente seco e moído da Eleutherine plicata suspenso em uma solução hidroalcoólica e submetida a partição com solventes de polaridades crescente apresentou resultado positivo para naftoquinonas; antraquinonas e esteroides e triterpenos.
As análises do extrato etanólico indicaram a presença de quinonas nestas amostras. A avaliação da atividade antimicrobiana do referido extrato e frações com cepas de Candida albicans, Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa demonstrou que a fração clorofórmica é a mais ativa, apresentando os maiores halos de inibição de crescimento microbiano e, possivelmente, contendo uma maior concentração de constituintes ativos. Da fração clorofórmica foram isolados os constituintes químicos isoeleuterol e isoeleuterina.
Como preparar o chá de marupazinho:
- Para preparar o chá de marupazinho como medicação caseira, na Amazônia, ferve-se 2 bulbos cortados em pequenos pedaços durante 15 minutos em 500 mL de água e ingerindo-se uma xícara antes das refeições para tratar a diarreia e amebíase. O extrato do marupazinho também possui propriedades antibacterianas e antifúngicas.
O marupa é consumido em forma de chá na medicina popular amazônica, sendo também um fitoterápico utilizado no tratamento de tratar diarreias, disenterias, hemorroidas e amebíase. O chá de marupa é feito através do bulbo de planta. Seu princípio ativo é a sapogenina esteroidal, que possui propriedades analgésicas periféricas e anti-dematogênicas. Conforme estudos realizados, o marupa também possui ação dilatadora coronária, potencialmente útil no tratamento de doenças cardíacas e ação anti-fertilidade.
- As sapogeninas esteroidais são de considerável importância econômica como precursoras de muitos esteróides farmacologicamente ativos, inclusive anticoncepcionais de via oral, de corticosteroides e de hormônios sexuais. A sapogenina de maior importância econômica é a diosgenina, cuja extração comercial é feita quase sempre que inteiramente das espécies dioscóreas . Entretanto, a indústria baseia-se na coleta de plantas, que estão se tornando raras em algumas áreas e a cada dia se torna mais difícil e mais dispendioso explorar as fontes selvagens inexploradas anteriormente.
O extrato etanólico reparado por percolação a partir do bulbo previamente seco e moído da Eleutherine plicata suspenso em uma solução hidroalcoólica e submetida a partição com solventes de polaridades crescente apresentou resultado positivo para naftoquinonas; antraquinonas e esteroides e triterpenos. As análises do extrato etanólico indicaram a presença de quinonas nestas amostras.
- A avaliação da atividade antimicrobiana do referido extrato e frações com cepas de Candida albicans, Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa demonstrou que a fração clorofórmica é a mais ativa, apresentando os maiores halos de inibição de crescimento microbiano e, possivelmente, contendo uma maior concentração de constituintes ativos. Da fração clorofórmica foram isolados os constituintes químicos isoeleuterol e isoeleuterina.
Efeitos colaterais e contraindicações:
Não foram relatados efeitos colaterais decorrentes do uso nas bibliografias consultadas.
Eleutherine plicata - Marupazinho