quinta-feira, 27 de março de 2014

O Aparelho Genital Feminino

Ter uma vida sexualmente ativa e com relações de qualidade, que proporcionem
prazer legítimo, ajuda a melhorar o humor, contribui com o bem-estar e até ajuda
a  dar um brilho a mais na pele. Sem dúvida toda mulher merece
bons momentos de prazer a dois.

  • A vagina é um canal de 6 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante. A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais. A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê.
A vagina é revestida por uma membrana mucosa, cujas células liberam glicogênio. Bactérias presentes na mucosa vaginal (Lactobacilos)fermentam o glicogênio, produzindo ácido lático que confere ao meio vaginal um pH ácido, que impede a proliferação da maioria dos microorganismos patogênicos. Durante a excitação sexual, a parede da vagina se dilata e se recobre de substâncias lubrificantes produzidas pelas glândulas de Bartolin facilitando a penetração do pênis. Durante a fase proliferativa do ciclo menstrual, o muco é fluido e depois da ovulação ele se torna viscoso, formando um tampão que se converte numa barreira protetora. As características de fluidez ou viscosidade do muco cervical dependem respectivamente da ação hormonal do estrogênio e da progesterona.
Vulva:
  • A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios. Na mulher em idade pós-puberdade, os grandes lábios são cobertos por pelos pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na vulva também está o clitóris,
As tubas uterinas:
  • Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são dois ductos que unem os ovários ao útero. Seu epitélio de revestimento é formado por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero.
Os ovários:
  • São dois, um de cada lado do útero. Os ovários são as gônadas femininas. Produzem estrógeno, progesterona. Têm forma oval e também produzem os ovócitos.Sistema ou aparelho reprodutor feminino é o sistema de órgãos da mulher envolvidos na reprodução. É constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve (ou pélvis) constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora.
O Aparelho genital:

Aparelho genital feminino no qual estão postos em evidência os órgãos genitais externos e uma secção frontal da cavidade vaginal.
  1. Útero
  2. Focinho-de-tenca
  3. Mucosa vaginal
  4. Clitóris
  5. Ovário
  6. Uretra
  7. Abertura vaginal externa
  8. Pequenos lábios
  9. Grandes lábios
  10. Trompa
A vagina:
  • A vagina é um canal músculo-membranoso, cilíndrico, ímpar e mediano, que se dirige para baixo e para a frente e que se segue ao útero. Atravessa o pavimento pélvico e desemboca no exterior.É o órgão das relações sexuais. Através dele sai também o sangue menstrual e exteriorizam-se tumores útero-vaginais.
É elástica, extensível e achatada no sentido ântero-posterior. Está situada atrás da bexiga e da uretra, que a separam da sínfise púbica, e adiante do recto, que a separa da coluna vertebral. Encontra-se em parte na cavidade pélvica e em parte no períneo.Em condições fisiológicas a cavidade vaginal é uma cavidade virtual, pelo que a parede anterior e posterior se encontram encostadas.
  • A parede anterior está em relação com a bexiga, sobretudo com a região do trígono, da qual está separada pelo septo vesico-vaginal; a parede posterior está em relação com o reto, do qual está separada pelo septo reto-vaginal.
A superfície interna é irregular devido à presença de saliências e rugas, que formam dois relevos chamados colunas vaginais, uma anterior e uma posterior.
  • A extremidade superior da vagina é constituída por um fundo de saco arredondado situado obliquamente de cima para baixo, de trás para a frente, que se insere à volta do colo do útero, na união do seu terço inferior com o terço superior. Ao dobrar-se sobre o colo, a mucosa forma um sulco circular, chamado fundo do saco vaginal, ou sulco pericervical.
Este sulco, apesar de contínuo, divide-se em quatro partes, ou fundo-de-sacos: um anterior, e menos profundo, dois laterais, um pouco mais profundos, e um posterior, o mais profundo. A extremidade inferior da vagina é ocupada pelo orifício através do qual se abre na vulva, orifício vulvo-vaginal, obliterado parcialmente pelo hímen na mulher virgem. Estruturalmente, a parede da vagina tem 3 a 4 mm de espessura e é composta por três túnicas: mucosa, muscular e fibrosa.
  • A mucosa vaginal, de cor cinzento-rosada, está, em cima, em continuidade com a mucosa do colo uterino, e em baixo com a epiderme da vulva. É revestida por um epitélio pavimentoso estratificado, em parte cornificado e rico de glicogênio.As paredes vaginais são lubrificadas por um líquido depositado no canal vaginal e que se forma por transudação dos vasos ou por secreção das glândulas uterinas. O pH vaginal é ácido porque o bacilo de Doderlein, hóspede habitual da vagina, faz a degradação do glicogênio produzindo ácido láctico, que protege a mucosa da penetração das bactérias.
A seguir encontramos a túnica muscular, pouco robusta, formada por feixes de fibrocélulas musculares e por fibras elásticas, entrançadas entre si e imersas em abundante tecido conjuntivo. No exterior, a vagina apresenta uma túnica fibrosa, de cor esbranquiçada, formada por tecido conjuntivo, que contém elementos elásticos e plexos venosos, que se tornam túrgidos em determinados momentos da vida sexual feminina.

Vulva:
  • O conjunto de órgãos genitais externos da mulher que se encontram entre a região púbica e o ânus é denominado de vulva. O monte do púbis, ou monte de vénus, é uma saliência arredondada adiante da sínfise púbica, delimitada à direita e à esquerda pela prega inguinal.
Estruturalmente, é formada por pele que reveste uma volumosa massa de tecido conjuntivo rico de gordura e de lamelas elásticas. Atrás, e sob o monte-do-púbis, encontram-se os grandes lábios, duas grandes pregas cutâneas de 7 a 8 cm de comprimento, 2 a 3 cm de largura e 15 a 20 mm de espessura.
Nas extremidades unem-se, formando uma comissura anterior que continua com a pele da região púbica e uma comissura posterior, ou fúrcula, que se estende até 25 mm do orifício vulvar.
  • O vestíbulo da vagina é o espaço compreendido entre os pequenos lábios. Por baixo, encontra-se encontra-se uma saliência arredondada, o tubérculo vaginal. Mais atrás, o teto é ocupado pelo orifício da vagina com o hímen. Entre os pequenos lábios e o tecto do vestíbulo encontra-se o sulco ninfimenial, em cujo fundo desembocam as glândulas de Bartolin.
O clitóris, por sua vez, é um órgão eréctil, muito sensível, ímpar e mediano, que se encontra na parte ântero-superior da vulva e é o equivalente morfológico do pênis do homem.Como este, é formado pela união de duas estruturas simétricas, os corpos cavernosos do clitóris, cujas raízes, com cerca de 4 cm de comprimento, estão inseridas nas faces internas dos ramos ósseos isquiopúbicos.
As duas raízes unem-se à frente do bordo inferior da sínfise púbica, para formar o corpo do clitóris, com 2 a 2,5 cm, que tem a forma de um cilindro regular em cuja face inferior se encontra um sulco mediano que é o equivalente do sulco uretral do pênis.
  • Termina com uma extremidade arredondada e ligeiramente saliente, a glande, formada por uma parte central de origem conjuntiva, revestida por mucosa e sem corpos cavernosos. O clitóris está coberto pela comissura dos grandes lábios e pelo prepúcio e pode tornar-se erecto, uma vez que, também tal como o pênis, é constituído por tecido eréctil revestido por um invólucro fibroso, a albugínea.
Os bulbos do vestíbulo são duas formações erécteis, esponjosas e ovoides que se encontram imediatamente abaixo da mucosa das paredes laterais do vestíbulo, a contornar a porção terminal da uretra e do orifício vaginal.
  • Equivalem ao corpo cavernoso da uretra masculina, com ao qual se assemelham também na estrutura, pois são compostos por escassos elementos contráteis e canais venosos, revestidos por uma albugínea muito fina.
As grandes glândulas vestibulares, ou de Bartolin, encontram-se, por sua vez, entre a saída da vagina e o ísquio, em correspondência com a extremidade posterior do bulbo do vestíbulo. Produzem um líquido viscoso, claro ou ligeiramente opalescente, emitido sobretudo durante a excitação sexual e, de maneira brusca, na altura do orgasmo.

Hímen:
  • O hímen é uma membrana mucosa que na mulher virgem oclui de maneira incompleta o orifício interior da vagina, separando a do vestíbulo.
De forma variável, semilunar ou falciforme, anular ou circular, bifurcado, labiado ou bilabiado, fimbriado ou crivoso, o hímen é constituído por uma estrutura fibroelástica rica de vasos e nervos (com numerosas papilas sobre as duas superfícies, vaginal e vestibular), cujo desenvolvimento confere ao órgão maior ou menor resistência.
  • A membrana himenial rompe-se em regra no primeiro coito, com saída de pequena quantidade de sangue. Mais raramente, se for suficientemente elástica, permite o coito sem se romper (hímen complacente).
No entanto, é a passagem da cabeça do feto durante o parto que provoca as mais importantes alterações do hímen, ao ser atingido o seu bordo de aderência e o contorno do orifício vaginal.Ficam cicatrizes irregulares, salientes, sésseis ou pedunculadas, chamadas de carúnculas mirtiformes ou himeniais.

Anatomia e fisiologia dos Órgãos Reprodutores Femininos:
Divididos em dois grupos: órgãos internos e genitália externa

Órgãos Reprodutores Externos:
  • Monte de Vênus (monte pubiano): Constituído de tecido adiposo e conjuntivo que reveste a sínfise púbica e os ossos púbicos adjacentes. A pele contém glândulas sebáceas e após a puberdade é recoberta por pelos.
  • Grandes lábios: São duas pregas de tecidos adiposo e conjuntivo, cobertas por pele que formam os limites laterais da vulva. Partem do monte de Vênus e se dirigem para baixo, afinando-se gradativamente para posteriormente desaparecer na base do corpo perineal. Cada um tem uma superfície externa e uma interna. A superfície interna é úmida com aparência de membrana mucosa; tem glândulas sebáceas mas não é recoberta por pelos.
  • Pequenos lábios: São dois finos folhetos situados entre os grandes lábios; São úmidos, com numerosas glândulas sebáceas e não são recobertos por pelos. A abundância de nervos lhe confere uma grande sensibilidade. Anteriormente se dividem em duas partes por uma pequena distância e depois se unem para formar uma prega dupla de tecido em torno do clitóris. Assim, formam para o clitóris um capuz denominado de prepúcio. Se dirigem para baixo, onde se unem sob o introito vaginal formando um fino folheto denominado fúrcula.
  • Clitóris: Corpúsculo pequeno, cilíndrico, localizado na porção superior da vulva na região em que os lábios se unem anteriormente. Composto de tecido erétil; Contém vasos e nervos e é extremamente sensível.
  • - Vestíbulo Vaginal: É a área triangular que se visualiza quando se afasta os pequenos lábios. O clitóris é o ápice deste triângulo e a fúrcula sua base. Localizam-se no vestíbulo o meato uretral, a vagina e as glândulas de Bartholin.
  • - Meato Urinário: Não faz parte dos órgãos genitais femininos ele é descrito juntamente com a vulva pela sua localização anatômica; Abaixo do clitóris e acima do orifício vaginal; Varia consideravelmente em aspecto.
  • - Introito Vaginal e Hímen: Está na porção inferior do vestíbulo. É parcialmente coberto pelo hímen, um tecido membranoso que varia consideravelmente em espessura e tamanho nas diferentes mulheres.
  • -Glândulas de Bartholin: São as maiores glândulas vulvovaginais e secretam muco. Situam-se na base dos grandes lábios. Seus ductos se abrem imediatamente por fora das margens laterais do orifício vaginal.
Função principal é de sustentação:
Músculos: os elevadores do ânus e os músculos coccígeos.
  • Períneo: Consiste na área situada entre as coxas que se estende desde a região púbica até o cóccix e está situado superficialmente abaixo do diafragma pélvico. O períneo é constituído de vários pares de músculos e de seus fáscias.
  • Corpo perineal: É uma massa cuneiforme de tecido fibromuscular que ocupa a área entre vagina e o reto. Essa superfície é geralmente chamada de períneo da mulher e é a área a que se refere quando se diz que a mulher sofreu uma laceração ou incisão perineal. O corpo perineal é estirado e achatado quando a vagina é distendida pela passagem do feto através do canal do parto durante o desprendimento.

Aparelho reprodutor feminino

Órgãos Reprodutores Internos:

Contidos na cavidade pélvica e compreendem o útero e a vagina no centro, um ovário e uma tuba de Falópio de cada lado juntamente com seus vários ligamentos, vasos sanguíneos, suprimento linfático, nervos e uma certa quantidade de tecido adiposo e conjuntivo.
  • Útero: Medidas se aproximam de 7,5 cm de comprimento, 5,0 cm de largura na porção superior e 2,5 cm de diâmetro ântero-posterior e seu peso aproximado é de 60g. Divide-se em uma porção superior denominada corpo, e uma porção inferior, cilíndrica e menor denominada cérvix ou colo.
  • Corpo: Sua porção superior situada acima dos pontos de entrada das tubas de Falópio é denominada fundo uterino e a porção inferior, estreitada onde o corpo encontra a cérvix é chamada istmo.
O corpo do útero três camada:
  • O perimétrio (ou peritôneo visceral) é formado pelo mesotélio, apresentando ainda uma fina camada de tecido conjuntivo em volta do miométrio, ao qual esta fortemente acolado exceto, em duas zonas nas quais se pode separá-lo com facilidade do miométrio; são estas o istmo uterino e a cúpula vaginal posterior. As duas lâminas de peritônio que recobrem as faces anterior e posterior do útero (perimétrio), ao alcançarem as margens do órgão separam-se e deixam entre ambas um espaço que se preenche por tecido conjuntivo, fibras musculares numerosos vasos e plexos nervosos; este conjuntivo se conhece com o nome de paramétrio. 
  • O miométrio é a camada mais espessa do útero, sendo formado por feixes de fibras musculares lisas separadas por tecido conjuntivo. As fibras musculares formam feixes que estão dispostos em três camadas: interna (longitudinal), média (circular, que contém grande quantidade de vasos sanguíneos, chamada de estrato vascular) e externa (longitudinal). Vários modelos para a disposição dessas camadas têm sido propostos, e o mais aceito é a da mola de relógio, onde cada uma começaria na região do colo do útero e se dirigiria para cada tuba uterina, ou para o fundo do útero.Isso explicaria o fato de que no segmento inferior os estratos musculares encontram-se paralelos e no corpo e no fundo formam uma rede tridimensional.
Durante a gestação, há hipertrofia (aumento do volume) e hiperplasia (aumento do número de células) das fibras musculares lisas, além do aumento do calibre vascular (artérias e veias). O miométrio no termo da gestação apresenta “segmento inferior” bem mais delgado e pelo fato dos feixes musculares nessa região apresentarem disposição paralela, é o local de escolha para a histerotomia (corte e divulsão da musculatura) durante o parto cesáreo. Imediatamente após a dequitação (saída da placenta) a disposição da musculatura no fundo e corpo do útero permite o mio tamponamento dos vasos uterinos por meio da sua contração (ligaduras vivas de Pinard) visto estarem muito dilatados durante a gravidez.
  • O endométrio, camada mais interna, está constituído por epitélio cilíndrico simples (revestimento interno do lúmen uterino) e lâmina própria, que contém inúmeras glândulas tubulares simples (glândulas endometriais).Sob a ação dos hormônios ovarianos (estrógeno e progesterona) o endométrio sofre modificações estruturais cíclicas, que constituem o ciclo endometrial (ou menstrual). Num ciclo menstrual de 28 dias, a fase menstrual vai do primeiro ao quarto dia do ciclo. A fase proliferativa do 5º ao 14º dia (também denominada de estrogênica) e a fase secretora do 15º ao 28º dia (também denominada de progestacional). A mucosa endometrial pode ser dividida em duas camadas ou estratos distintos: a camada funcional, que descama no período menstrual, e a camada basal, onde se localizam as células que regeneram o endométrio. A camada basal é a região endometrial mais próxima ao miométrio, constitui a base da mucosa que nunca descama, e nela estão localizados os fundos das glândulas. A camada funcional, por sua vez, é a região mais superficial do endométrio e descama a cada ciclo menstrual. 
As fases:
  • A fase proliferativa coincide com o desenvolvimento dos folículos ovarianos até o estádio de ovulação, quando ocorre a produção de estrogênios, por isto ser denominada também de fase estrogênica. No início dela, as células da camada basal proliferam (sofrem mitose), reconstituindo todo o endométrio. Dá-se a proliferação do tecido conjuntivo e das células epiteliais presentes no fundo dos restos das glândulas. As células epiteliais reconstituem as glândulas, migram e refazem o epitélio superficial (cessando a menstruação), sendo restaurada toda a mucosa perdida durante a fase menstrual. Nesta fase as glândulas endometriais são tubulares retas.
  • A fase secretora inicia-se logo após a ovulação, e é dependente da formação do corpo lúteo. Nela, há uma grande concentração de progesterona, por isso denominada ainda de fase progestacional. A progesterona induz secreção de glicosaminoglicanos, com retenção de água pelo estroma, e estimula a secreção das glândulas endometriais. Com o decorrer da fase, o estroma torna-se edemaciado e as glândulas tornam-se tortuosas, com a luz dilatada pela secreção de mucopolissacarídeos que se acumulam no seu interior.
  • A fase menstrual (início do ciclo menstrual, do 1º ao 4º dia) relaciona-se à queda dos níveis hormonais, em virtude da degeneração do corpo lúteo, resultando na diminuição dos estímulos hormonais sobre o endométrio. Conseqüentemente, ocorre descamação da porção mais superficial do endométrio. Este processo envolve constrição e ruptura de vasos sanguíneos, liberando grande quantidade de água e de sangue, que se exterioriza pela vagina (sob a denominação de fluxo menstrual). Durante esta fase ocorre descamação gradativa da camada funcional.O sangue da menstruação é principalmente de origem venosa, pois as artérias, ao se contraírem após a ruptura de suas paredes, obliteram o vaso e impedem a perda sanguínea arterial.
  1. Camada muscular ou miométrio: camada intermediária e forma a maior parte do útero. São as contrações fortes e intermitentes desta camada que durante o trabalho de parto dilatam o canal cervical para permitir a passagem do feto através dele.
  2. Camada interna ou endométrio: membrana rósea, aveludada, altamente vascularizada coberta por epitélio colunar ciliado. Sua espessura varia entre 1 e 5 mm dependendo do período do ciclo menstrual.
  • Cérvix: Constitui a menor parte do útero medindo 2,5 a 3 cm de comprimento. Tem o formato de uma haste que se expande entre suas duas aberturas. Através do orifício interno ela se comunica com a cavidade do corpo uterino e através do orifício externo se comunica com a vagina. É formada em sua maior parte por tecido conjuntivo, mas contém algumas fibras musculares e tecido elástico.
A posição do útero é oblíqua ou quase horizontal com o corpo dirigido para frente. O fundo se situa acima da bexiga, e a cérvix se dirige para baixo e para trás, em direção ao sacro. A posição do útero não é completamente fixa e está facilmente sujeita a variações. Durante a gestação ele cresce em direção cefálica.
  • Vagina: Canal musculomembranoso que se estende desde a parte inferior da vulva até a cérvix, ligando os órgãos reprodutores externos e internos. Formada de uma camada muscular, de uma camada de tecido conjuntivo frouxo e de uma camada mucosa e bastante suprida por vasos sanguíneos e linfáticos.
As células mucosas contém uma quantidade considerável de glicogênio. Não existem glândulas na vagina e a pequena quantidade de secreção esbranquiçada nela presente deriva das células epiteliais, das glândulas secretoras de muco da cérvix e das bactérias que normalmente habitam a vagina e de seus derivados. A secreção vaginal é normalmente ácida com pH variando entre 4,0 e 5,0. Órgãos pélvicos estão situados em estreita proximidade a vagina (bexiga e a uretra estão localizadas imediatamente acima dela, anteriormente; posteriormente, a porção média da parede vaginal situa-se próxima ao reto).
  • Tubas de Falópio (Uterinas): São duas delgadas tubas musculares que se dirigem uma de cada lado, dos cornos da cavidade uterina para os ovários. Proporcionam o trajeto através do qual os óvulos alcançam o útero. Seu comprimento varia entre 7 e 14 cm. As tubas uterinas são formadas de uma camada serosa, composta de uma capa peritoneal, uma camada muscular e uma membrana mucosa interna.
Contrações rítmicas da musculatura tubária, e provavelmente também o movimento dos cílios, realizam o transporte do óvulo e dos espermatozóides nas tubas. A atividade da musculatura e da mucosa tubária sofrem alterações cíclicas em resposta as alterações hormonais do ciclo ovariano.
As tubas dividem-se em intersticial, a porção que atravessa a parede muscular do útero; istmo, parte intermediária; ampola, é o prolongamento lateral; a extremidade fimbriada ou infundíbulo, abertura afunilada, circundada por porções semelhantes a franjas. Esta extremidade fimbriada das tubas de Falópio se abre na cavidade peritoneal.
  • Ovários: São as glândulas sexuais (gônadas) da mulher. São dois órgãos pequenos, ovais, achatados, localizados um de cada lado do útero. Cada um deles mede cerca de 4 a 5 cm de comprimento, 2 cm de largura e 1 cm de espessura e tem um peso de 2 a 5 g.
É formado por uma parte central denominada medula e uma camada externa chamada de córtex. No córtex estão numerosos e minúsculos folículos, cada um contendo um oócito (célula germinativa feminina). Os oócitos são produzidos durante os primeiros cinco a seis meses de vida fetal. Os ovários têm duas funções, produzir, amadurecer e expulsar os óvulos e elaborar secreções internas ou hormônios. Devido a esta última função, os ovários estão incluídos no grupo de glândulas do corpo classificadas como endócrinas ou de secreção interna.

Órgãos Pélvicos Relacionados:
  • Bexiga e Uretra: Situa-se por detrás da sínfise púbica e na frente do útero e da vagina.
  • Reto: Situa-se por trás e a esquerda do útero e da vagina e dirige-se para baixo até atingir sua terminação no orifício anal. Risco do desenvolvimento de Hemorroidas na gravidez.
  • Mamas: tem relação funcional íntima com os órgãos reprodutivos e podem ser encarados como glândulas acessórias do sistema reprodutor. Sua função é secretar, na parturiente, o alimento necessário para a criança durante os primeiros meses de vida.
Fisiologia do sistema reprodutor na adolescência e puberdade:
Adolescência
  • É o período de crescimento e desenvolvimento fisiológico e psicológico durante o qual o indivíduo progride gradualmente das características físicas e emocionais de uma criança para a maturação completa do corpo e a apresentação de traços e capacidades de um adulto.
É considerado como começando com a puberdade e se estende por um espaço de vários anos até que o desenvolvimento sexual alcance a fase adulta.Os principais problemas durante a adolescência.

Puberdade:
  • A puberdade não pode ser datada como iniciando um período específico como a adolescência. Ao contrário, ela representa uma série de acontecimentos, uma fase de desenvolvimento que ocorre em um período de 3 a 5 anos, começando geralmente entre os 9 e 14 anos de idade. 
Alterações físicas na puberdade:
  • Uma alteração inicial no começo da puberdade é o crescimento da pelve óssea;
  • Alargamento dos quadris, isto devido tanto ao crescimento real quanto a deposição de gordura.
  • Alterações nas mamas também aparecem, mas a principio apenas na área areolar que se torna túrgida e pigmentada.
  • Ovários também começam a aumentar. Geralmente o desenvolvimento da mama precede o aparecimento dos pelos pubianos.
  • A menarca também ocorre nesta fase.
Alterações endócrinas na puberdade:
  • No início da puberdade modifica-se a resposta hipotalâmica; o hipotálamo torna-se mais sensível ao impulso neural do sistema nervoso central e diminui a extrema sensibilidade do hipotálamo a influencia retroalimentar negativa dos hormônios gonádicos; o hipotálamo não mais responde ao baixo nível de hormônios gonádicos circulantes com a mesma sensibilidade que tinha no período de pré- puberdade.
O córtex da supra-renal é muito importante no processo de maturação da puberdade, pois é a principal fonte de androgênio na mulher.


Órgãos genitais femininos:

Os ovários são duas estruturas, uma de cada lado do corpo, situadas dentro da cavidade pélvica. São responsáveis pela produção dos óvulos, após a puberdade. Parte deles produzem os hormônios sexuais femininos, o estrogênio e a progesterona, responsáveis pelas características sexuais secundárias da mulher (desenvolvimento dos seios, deposição de gordura sobre as coxas e as nádegas, menstruação, etc.) e pela gestação, respectivamente.Na mulher, o sistema reprodutor possui a forma de uma pera, sendo o conjunto dos órgãos genitais internos formado pelos ovários, tubas uterinas, o útero e a vagina, e o dos órgãos genitais externos formado pelos lábios maior e menor, o monte púbico, o vestíbulo da vagina, o clitóris, o bulbo do vestíbulo e as glândulas vestibulares maiores. 
  • As trompas de Falópio, também ditas tubas uterinas, são também em número de duas, e localizam-se na cavidade pélvica ligando-se ao útero, sendo a via pela qual o óvulo (liberado mensalmente) atinge o útero. Nesse trajeto, pode haver a fecundação e o início de uma nova vida, através da gestação.
  • O útero é o órgão no qual o óvulo fertilizado se fixa e se desenvolve até o nascimento do bebê. Mede cerca de 8 cm de comprimento, 4 cm de largura na sua parte superior e tem espessura de 2 cm. Durante a gravidez, esse tamanho é aumentado em diversas vezes.
  • A vagina é o órgão feminino da cópula. É a extremidade inferior do “canal do parto”. Serve também como ducto excretor da menstruação.
O monte da pube é uma elevação arredondada que se encontra em posição média e à frente da sínfise púbica. Constitui-se, basicamente, de um acúmulo de gordura e, após a puberdade, encontra-se recoberta por pelos.Os órgãos genitais femininos externos compreendem o monte da pube, os lábios maiores, os lábios menores, o vestíbulo da vagina, o clitóris, o bulbo do vestíbulo e as glândulas vestibulares maiores.
  • Os lábios maiores são duas pregas alongadas abaixo do monte da pube. São os correspondentes ao saco escrotal do homem.
  • Os lábios menores são duas pequenas pregas de pele localizadas entre os lábios maiores, uma de cada lado da vagina. Encontram-se escondidos pelos lábios maiores.
  • O vestíbulo da vagina é uma fenda entre os lábios menores que contém o óstio da vagina (“abertura da vagina”), óstio da uretra (“abertura da uretra”, “canal da urina”) e a abertura dos ductos das glândulas vaginais.
  • O clitóris é composto de tecido erétil que se ingurgita de sangue e aumenta de tamanho, quando estimulado sexualmente. É uma região bastante sensível, tal como a glande do pênis, mas não é atravessado pela uretra (“canal da urina”).
  • O bulbo do vestíbulo são duas pequenas massas pares e alongadas de tecido erétil homólogo ao bulbo do corpo esponjoso masculino, que se localizam ao lado dos óstios da vagina.
  • As glândulas vestibulares maiores são duas estruturas arredondadas ou ovoides que se localizam logo atrás do bulbo do vestíbulo e que, durante a relação sexual, são comprimidas e secretam muco, que serve para lubrificar a vagina.

Quem vive isolada e raramente sente o toque gostoso de um abraço carinhoso, provavelmente não é tão feliz quanto quem desfruta desses sinais de afeto.